Houve um homem, enviado de Deus, seu nome era João...
Qual o seu maior sonho? Viver para sempre na
companhia das pessoas que amo. Essa seria uma resposta possível para aqueles que
encontram sentido e felicidade nos relacionamentos familiares e sociais de modo
geral. Querer viver é viver. Morrer é mais que deixar de existir, é uma forma de
separação traumática, que mata aos poucos, ao passar dos dias que embalados por
marcha fúnebre vão perdendo a alegria. Alguns de nós passam a buscar
desesperadamente maneiras de reencontrar quem já partiu do mundo dos vivos. O
reencontro seria uma forma sublime de consolo. Constatar que o outro está bem,
que não esqueceu de você, que não demonstrou mágoa ou falta de perdão e
sobretudo que ainda é possível vê-lo, quando quiser, e que estará para a vida,
como um anjo bom a guardar e até guiar. Esses são aspectos que mantêm vivos,
mais vivos, quando o motivo da separação entre um e outro, foi a morte.
Ignorar tristeza e decepções, fracassos ,
doenças e mortes, é algo surreal para quem recebe o nome de humano. O trauma da
vida, já se mostra no nascimento. O choro do parto precisa acontecer, é uma
forma de celebrar o desapego, de reclamar a passagem do confortável para o
imprevisível. O milagre da vida, já em seu começo, prediz a morte. E ela faz
parte da natureza do planeta que se renova entre manhãs e certidões de
nascimentos e óbitos. Mas Deus não nos fez para o caos, Ele planejou tudo de
modo perfeito, nos dando capacidades e respostas reveladas, para aquilo que nos
compete conhecer. No livro do profeta Isaías, está escrito: " Deus formou a
terra, não para ser um caos, mas para ser habitada" Isaías 45:18. E Ele tem a
conta de cada grão de areia, cada estrela, do chão ao céu, do inferno ao
Paraíso, Deus sabe. O homem não está desamparado, nem só. As respostas para a
complexidade da vida e da morte, nos foram dadas, como um tesouro que precisa
ser buscado:
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á.Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca,
encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:7-8
Esse verso Bíblico está para o bem e também
para o mal: se buscarmos no lugar errado, batermos nas portas erradas,
receberemos respostas erradas. A Verdade, é uma só, já a mentira são as várias
versões corrompidas da verdade. Deus criou todas as coisas, mas não as
abandonou. Ele predisse o fim, desde o começo, e toda história da humanidade,
está dividida em antes de Cristo e depois de Cristo. Quem pode negar essa
verdade, que está como um marco sobre todos os continentes? Jesus Cristo veio, e
Ele era, já no principio, e O será O mesmo, até o fim: " No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no principio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada do que foi feito
se fez" João 1: 1-3.
João Batista.
Para exemplificar a vida, além da vida, tomarei
como referência, a pessoa de João Batista. Aquele que é citado bem no inicio do
livro de João, depois do Verbo, depois da criação: " Houve um homem, enviado de
Deus, cujo nome era João" (Jo 1:6)
Imagine que Deus enviou João, enviou a mim e a
você, também: as Marias, Sofias, José s, Carmem s, Saras, Ivone s, Paulos e por
ai vai. Deus enviou os pequeninos, com restrições físicas e mentais, com
carências de visão, de mãos, de corações. Deus enviou os brancos, amarelos,
negros, mulatos, índios, Deus enviou o homem a uma missão nessa terra e não há
ninguém que possa viver sozinho, os que mais sofrem podem ser vistos como
infelizes nesse Reino, mas Deus não julga como julga o homem e se o inexplicável
precisa ter sentido, o sentido pode ser o de que Deus é perfeito e justo, sem o
aval do homem. Ele É. E no sermão da montanha, Jesus deixou evidente que a noção
de bem e mal, feliz e infeliz, vista do ângulo humano, pode estar
equivocada:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão
consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão
a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque
eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus;
Mateus 5:3-9
A vida de João
Quem era João? João era João, ele mesmo. Filho
de Isabel e Ananias. Não era reencarnação de Elias , Elias não havia morrido,
mas foi arrebatado aos céus, levado por Deus em um redemoinho (II Rs 2:
9-20).
João não poderia ser Elias, mas ele tinha a
virtude e o espírito de profecia de Elias: "E ele irá adiante dele no espírito e
virtude de Elias" Lc 1:17. Significa que João teria dons iguais aos de Elias e
função semelhante. Não se fala aqui de reencarnação, isso é algo que a Bíblia
condena. Nós nascemos e morremos uma única vez e depois disso vem o juízo: "Aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" Hebreus
9:27.
A salvação não está em nascer de novo, como uma
outra pessoa, reencarnada. Não vemos exemplo algum na Palavra de Deus sobre
reencarnação, o que existem são interpretações erradas gerando heresias e
levando pessoas ao inferno. Deus deixou tudo escrito para que o homem
examinasse. A Bíblia hoje está traduzida para todos os idiomas também em áudio,
braile e não tem desculpas de que não se foi avisado, essa é a verdade. Amado,
não seja enganado, busque a verdade, ela está ao alcance de todos, e se a porta
da salvação é estreita, significa que poucos são os que se dispõem a fazê-lo. A
porta larga é para onde se dirigem as multidões de pessoas sem conhecimento, mas
seduzidas por uma mentira que soa agradável aos sentidos. Jesus é a porta, é o
caminho estreito, mas nesse caminho estreito, há largueza de paz e alegria, há
tranquilidade, em meio as lutas e dores, porque existe a certeza de que a vida
eterna chegará enxugando as lágrimas:
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e
avida, ninguém vem ao Pai , a não ser por mim" João 14:6
Como é estreita a porta, e apertado o caminho
que leva à vida! São poucos os que a encontram. Mateus 7:14
E você diz: Se a porta é estreita, porque
tantos cristãos no mundo? A Bíblia diz que O Reino dos céus é como uma grande
rede, repleta de peixes, e que ainda haverá de passar por triagem, alguns serão
lançados fora, por não conhecerem a Jesus Cristo:
Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma
rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes E, estando cheia, a
puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins,
porém, lançam fora. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e
separarão os maus de entre os justos,E lançá-los ão na fornalha de fogo; ali
haverá pranto e ranger de dentes. Mateus 13:47-50
Se sofremos decepções com a igreja, com irmãos
"cristãos", prossigamos conhecendo a Cristo Jesus, não desistamos desse caminho
porque Ele será a nossa porta de acesso ao céu. Sabemos que os mistérios
existem. Uma mãe, que tem quatro filhos deficientes, outro que ficou órfão,
olhemos para o sermão da montanha, para Jesus, Ele é o que dá força ao cansado.
As respostas estão na vida, estão na Palavra de Deus e a igreja, por vezes é
omissa, sabemos disso, mas Deus jamais abandona quem quer que seja e não leva em
conta os tempos de ignorância, quando a alma buscava por respostas em falsas
portas.
João era João Batista e ninguém mais. Nós somos
o que nos tornamos pela educação que nos foi dada, pelo contexto em que vivemos
e pelo que cremos.
João morreu.
Jó 7:9-10 Assim como a nuvem se desfaz e passa,
assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à
sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá.
João Batista levou uma vida simples, morando no
deserto, comendo gafanhoto e mel. Esses alimentos, apesar de parecerem estranhos
para nós, era recomendado na lei de Moisés e tinha alto valor nutritivo. Ainda
hoje podem ser encontrados nos mercados e feiras em Israel (Lev 11:21,22) e
(Life of Crist p. 97). João provava do amargo e do doce. O amargo dos homens que
o perseguiam e menosprezavam e do doce gozo em ser filho de Deus. Um homem tão
parecido conosco que enfrentamos nossos desertos e ora provamos de amarguras e
risos. João poderia ser considerado um infeliz, aos olhos de muitos, mas dentro
dele, existia uma indescritível paz que o mundo não poderia compreender. João
tinha a certeza da salvação e quando se vive com essa certeza, a morte não
assombra.
João morreu decapitado por Herodes (Marcos 6:
19-29) com pouco mais de trinta anos. Jesus se entristeceu por sua morte, por
alguns dias ficou recluso, saudoso, mas levantou-se para continuar a apregoar a
salvação (não a reencarnação). O maligno Herodes temia que Jesus fosse Elias (em
reencarnação), mas isso aconteceu porque ele negou a Deus e seu coração em
trevas não podia reconhecer a luz : "E diziam que João Batista havia
ressuscitado e Elias tinha aparecido" Marcos 7:7
Nascer de novo
O novo nascimento como requisito para salvação,
não e reencarnação, não é nascer no espirito de uma outra pessoa, mas deixar o
Espírito de Deus habitar em seu espírito. E quando nos tornamos templo do
Espírito Santo de Deus, tudo em nós e em nossas vidas também é
transformado.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus. João 1:12-13.
João era um homem com uma missão, e essa missão
acabou dando-lhe o nome de "Batista", o que batiza. Qual é a nossa missão, de
que forma estão nos chamando, nos tornando conhecidos?
O destino de João
Um homem que temia e obedecia a Deus e não se
conformava com os padrões do mundo. Era humilde e não bajulador. É interessante
que Deus tenha escolhido um homem que morava no deserto para ser proclamador de
um novo Reino. O homem do deserto, encontrou a morte no palácio do rei Herodes.
Isso pode nos dizer algo: Nos "pointes" das grandes e pequenas cidades, a morte
espreita por suas vitimas. Nas portas largas, onde sedução, vícios, lascívia e
orgulho competem, a vida se perde.
João morreu e adentrou o Paraíso eterno. João
não tinha poderes extraordinários, não se vestia de linho, não ostentava
títulos, mas ficou conhecido como o maior, porque se fez menor para que Deus,
através de sua vida, fosse exaltado. João é um modelo que carecemos
seguir.
Eu lhes digo que entre os que nasceram de
mulher não há ninguém maior do que João; todavia, o menor no Reino de Deus é
maior do que ele". Lucas 7:28
E nenhum homem é grande em si mesmo, somente
aqueles que se fazem servos, do reino de Deus, porque o padrão do mundo é
contrário ao padrão celeste. Maiores não são os que se dão a honras, mas aqueles
que as renuncia. Deus porém, exalta os que se humilham. E a salvação eterna é
uma verdade, uma realidade , conquistada em vida. Após a morte, segue-se o
juízo. Não há mais o que se fazer pelos mortos. Eles não podem voltar, a única
sessão espírita que acontece na Bíblia (Aqui) foi condenada por Deus que advertiu seriamente
seu povo a não praticar tais coisas.
Não nos enganemos, pois a vida com Jesus, é sim
uma vida de lutas e decepções, mas também de vitórias, pela graça que nos é dada
de conhecer os mistérios revelados por Verbo, feito carne. Uma vida, por mais
longa ou curta que seja, não pode ser comparada a eternidade com Deus.
E este é o testemunho: Deus nos deu a vida
eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não
tem o Filho de Deus, não tem a vida. Escrevi estas coisas a vocês que creem no
nome do Filho de Deus, para que saibam que têm a vida eterna. 1 João
5:11-13
Deus o abençoe
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